Sem abrigo, sem Amor
Com frio, com fome
Inexistente para os políticos
Invisível para os executivos
Vivo à margem, num canto
Procurando uma réstia de alimento
Nos contentores dos senhores
Amnésia da minha família
Ingratidão dos meus ex-amigos
No metro vendo "Cais"
Sem abrigo, sem tecto
Só o sol é verdadeiramente democrático
Nesta sociedade podre
De camas de cartão
Anjos humanos despertam na noite
Para servir as nossas sopas
A troco de um sorriso, que tudo lhes paga
Sem abrigo, sem tudo
Assistentes sociais
Dos gabinetes acondicionados
Dos horários de escritório
Que nada fazem, e tudo ganham
Sem abrigo, sem nada
Um homem não é pobre se nada tiver
Um homem só é pobre, se nada Amar...
Poesia de Pedro Lopes (direitos reservados)
Re: Aniversário
Há 5 dias
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